
Como podemos educar pessoas para o exercício pleno da cidadania, argumentando que o voto é a garantia do seu direito de escolha se, nas escolas da maior parte dos municípios deste país, a escolha dos gestores escolares se dá por indicação política?
Hoje o diretor escolar é responsável pelo gerenciamento pedagógico, administrativo e financeiro da instituição de ensino. pressupõe-se que para ocupar o cargo o gestor escolar tenha conhecimento técnico a respeito de suas atribuições e das responsabilidades inerentes ao cargo.
Como podemos pensar em elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) se muitos dos nossos diretores não sabem o que isso significa e qual o seu impacto na melhoria da qualidade da educação? E o PDDE? E o PDE, que agora é interativo? E a legislação? Onde fica tudo isso?
Se queremos uma educação transformadora está na hora de lutarmos, professores, pelo direito de eleger entre nossos pares aqueles que devem nos representar na escola. É hora de dar vez e voto á comunidade escolar (pais, alunos, professores) para garantir a gestão democrática nas nossas escolas. Gestão democrática significa compartilhar o “poder”, descentralizando-o, delegando responsabilidades e debelando relações autoritárias dentro da escola.
É esse modelo que servirá de exemplo para os nossos alunos como o exercício do direito democrático. Crianças aprendem pelo exemplo, não nos esqueçamos disto!
Diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) em seu artigo 14 que " Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios”: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes."
Passamos por um delicado momento político em todos os municípios. É hora de contratar para angariar votos em todos os rincões do país. Nas capitais não é diferente. Há enxurradas de contratos terceirizados por indicação de vereador "Fulaninho", deputado "Sicraninho", conhecido de "Nãoseiquenzinho" e por aí.
É hora de buscar novos caminhos. O professor não pode ser um sujeito de omissão e sim de opção, como dizia Paulo Freire. Não podemos nos deixar limitar pelo poder do opressor. Está em nossas mãos o poder de transformar a educação e todo poder traz consigo uma grande responsabilidade.
Com carinho,
Matéria: Niclécia Gama.
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